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Saiba tudo sobre a Terapia Ocupacional

A Terapia Ocupacional é responsável pela prevenção, tratamento e reabilitação de pessoas com alterações de natureza cognitiva, afetiva, psico-motora, entre outras. Esse campo do conhecimento trabalha de modo a ampliar o campo de ação, autonomia, desempenho e participação desses indivíduos na sociedade.

Se você está pensando em seguir carreira como Terapeuta Ocupacional, não deixe de conferir os detalhes do curso, remuneração, notas de corte e como profissionais da área veem a profissão.

Símbolo da Terapia Ocupacional

Símbolo da Terapia Ocupacional. O símbolo é composto por duas serpentes que entrelaçam a letra T. Sobrepondo o T, existe um O. Ao fundo, duas asas de Fênix. Na parte inferior da imagem, estão os dizeres Terapia Ocupacional, em maiúsculo

O símbolo da Terapia Ocupacional é uma releitura do bastão de Esculápio, deus grego da cura.

Neste símbolo, as duas serpentes, que representam a astúcia, criatividade e resiliência dos terapeutas ocupacionais estão entrelaçadas não em um caduceu, mas em uma letra T maiúscula.

Essa letra T representa a terapia, o processo de intervenção e busca da independência cotidiana.

Sobreposta à letra T, está um O, também maiúsculo, que representa o sujeito ocupacional.

Ao fundo, são vistas duas asas de Fênix, que remetem o renascimento do sujeito para sua vida ocupacional com a ajuda da Terapia.

Como é o curso de Terapia Ocupacional


Competências e habilidades


Os profissionais formados pela graduação em Terapia Ocupacional devem ser capazes de exercer as seguintes competências e habilidades, de acordo com o Ministério da Educação:

1. Atenção à saúde

2. Tomada de decisões

3. Comunicação

4. Liderança

5. Administração e gerenciamento

6. Educação permanente

7. Relacionar a problemática da população com a qual trabalha com os processos sociais, culturais e políticos

8. Conhecer os fatores sociais, econômicos, culturais e políticos do país

9. Reconhecer a saúde como direito, atuando de forma a garantir a integralidade da assistência

10. Compreender as relações saúde sociedade as relações de exclusão-inclusão social, além de participar da formulação de políticas sociais

11. Reconhecer as modificações nas relações societárias, de trabalho e comunicação e entender os desafios que essas mudanças podem trazer

12. Inserir-se nos diversos níveis de atenção à saúde, promovendo, prevenindo, protegendo e recuperando a saúde

13. Conduzir processos terapêuticos numa perspectiva multidisciplinar

14. Compreender o modo como as pessoas fazem suas escolhas ocupacionais, utilizam e desenvolvem suas habilidades no reconhecimento próprio e da ação que desempenham

15. Identificar, entender, analisar e interpretar as desordens ocupacionais e intervir utilizando as diferentes atividades humanas

16. Utilizar o raciocínio terapêutico ocupacional de modo a realizar a análise da situação na qual se propõe intervir, o diagnóstico clínico e/ou institucional bem como a intervenção e a escolha de abordagem apropriada

17. Conhecer o processo saúde-doença em suas múltipla determinações, contemplando aspectos biológicos, sociais, psíquicos, culturais e a percepção de valor dessa integração

18. Conhecer as realidades regionais, quanto aos perfis de morbidade e mortalidade e as prioridades assistenciais, integrando essas informações à estratégia de intervenção

19. Conhecer métodos e técnicas de investigação e elaboração de trabalhos acadêmicos e científicos

20. Conhecer os princípios éticos que norteiam os terapeutas ocupacionais em relação às suas atividades

21. Conhecer os métodos de avaliação e registro, formulação de objetivos, estratégias de intervenção e verificação da eficácia das ações propostas pela Terapia Ocupacional

Conteúdo do curso


O curso de Terapia Ocupacional deve contemplar conteúdo dos seguintes núcleos:

1. Ciências Biológicas e da Saúde

a. Bases moleculares e celulares dos processos biológicos normais e alterados

b. Estrutura e função dos tecidos

c. Órgãos

d. Sistemas

e. Aparelhos

2. Ciências Sociais e Humanas

a. Relações sociais

b. Processo saúde-doença em suas múltiplas determinações

c. Psicologia

d. Sociologia

e. Filosofia

f. Antropologia

g. Epidemiologia

h. Ética


3. Ciências da Terapia Ocupacional

a. Fundamentos de Terapia Ocupacional

b. Atividades e recursos terapêuticos

c. Cinesiologia

d. Cinesioterapia

e. Ergonomia

f. Processos saúde-doença

g. Planejamento e gestão de serviços

h. Estudos de grupo e instituições

i. Terapia Ocupacional em diferentes áreas de atuação

Melhores instituições de 2019


1. USP

2. IFRJ

3. PUC-Campinas

4. Uniso

5. UEPA

Notas de corte para Terapia Ocupacional no SISU

Na primeira edição do SISU 2020 não foram ofertadas vagas para o curso de Terapia Ocupacional nas regiões Centro-Oeste e Norte.

Dentre as regiões que ofertaram o curso pelo Sistema Único de Seleção, a com o menor número de vagas ofertadas foi a região Sul, com 59. Foi também nessa região que se encontrou o menor número de candidatos inscritos, com 1.020 inscritos.

A região Sudeste, por sua vez, foi a que ofertou o maior número de vagas para o curso de Terapia Ocupacional, com 274. Nessa região foi onde houve o maior número de concorrentes ao curso, com 4.616 inscritos concorrendo.

Gráfico das vagas e candidatos para o curso de Terapia Ocupacional na primeira edição do SISU 2020 em cada região brasileira

Na região Nordeste, as notas de corte para Terapia Ocupacional, na modalidade ampla concorrência, variaram entre 633,34 e 673,89.

No Sudeste, a menor nota de corte foi 666,12 e a maior 743,45.

Na região Sul, por fim, a menor nota de corte da ampla concorrência foi 665,77 e a maior 692,78.

Menores e maiores notas de corte para Terapia Ocupacional nas regiões brasileiras em que o curso foi ofertado no SISU 2020.1

Média Salarial

A região brasileira com os terapeutas ocupacionais mais bem pagos é a Sudeste, com uma média salarial da categoria de R$2.573,03. Em segundo lugar, estão os profissionais da região Sul, recebendo R$2.521,57. Logo depois está a região Norte, com uma remuneração média de R$2.469,36. Em seguida são os terapeutas ocupacionais da região Centro-Oeste, recebendo R$2.443,16. E por último, os profissionais da região Nordeste, com uma média salarial de R$1.941,34.

Gráfico do piso, média e teto salarial dos Terapeutas Ocupacionais em cada região brasileira

O que Terapeutas Ocupacionais dizem sobre a profissão?


Ingrid Estanieski – Terapeuta Ocupacional

Foto da Terapeuta Ocupacional Ingrid Estanieski
Ingrid Estanieski – Terapeuta Ocupacional

Ingrid conta que caiu de paraquedas na Terapia Ocupacional, por conta de uma opção do ENEM. No início ela não entendia direito o curso, mas por sorte ela se apaixonou e hoje não se vê trabalhando em outra coisa. Ingrid já se formou a 5 anos, na primeira turma de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Pelotas, mas nunca parou de estudar, sempre se atualizando em novas formas de manejo e intervenção.

Logo após a formatura, ela começou uma pós-graduação em neuroaprendizagem e acabou emendando várias pós: transtorno do espectro autista, transtornos globais do desenvolvimento, neuropsicopedagogia e psicomotricidade. Além disso, ela tem várias capacitações e certificações necessárias para atuar em determinados modelos de intervenção.

A terapeuta define a Terapia Ocupacional como a profissão que “trabalha com as ocupações. As ocupações são todas as atividades que você faz da hora que acorda, até a hora que vai dormir. Estas atividades (comer, tomar banho, trabalhar, fazer supermercado, ser pai, ser mãe, cozinhar, etc.) são a tua vida diária. Sem elas tu te torna dependente e sem autonomia, e caso o paciente não consiga desempenhar alguma, nós intervimos para que isto seja reabilitado, promovido ou adaptado. A TO é a profissional responsável por você ser ‘livre’, e ter uma boa qualidade de vida”.

Ingrid conta que seu primeiro contato com a atuação profissional não foi fácil, por conta de o mercado para a Terapia Ocupacional ser precário na região. Mas mesmo com essas dificuldades, ela acredita que quando o profissional gosta do que faz, ele naturalmente se aloca no mercado e consegue espaço na profissão.

Hoje em dia, a terapeuta trabalha em duas clínicas diferentes, além da secretaria de saúde do município e realizar atendimentos domiciliares. Ela conta que ela ainda precisa fazer o planejamento e análise de cada atividade aplicada durante as sessões, sem contar a produção de conteúdo para sua página.

Como ela trabalha exclusivamente com o público infantil, ela conta que é fundamental ganhar a confiança da criança, tornando a terapia algo divertido e prazeroso. Dessa forma, a abordagem utilizada é o brincar. Outro ponto essencial nos atendimentos da Ingrid é o apoio da família, para que os estímulos inseridos nas sessões sejam continuados em casa.

Por fim, a terapeuta ocupacional conta que ama cada conquista que ela faz diariamente com seus pacientes, seja grande ou de formiguinha. Segundo ela, a Terapia Ocupacional é uma profissão de conquistas.

 

Isabelle Medeiros – Terapeuta Ocupacional

Foto da Terapeuta Ocupacional Isabelle Medeiros
Isabelle Medeiros - Terapeuta Ocupacional

Isabelle sempre fez crítica ao tipo de atendimento que recebia enquanto paciente. Quando ela descobriu que a Terapia Ocupacional tinha uma visão completamente diferente dos outros profissionais da saúde, vendo o paciente em seu todo, muito além da doença, considerando o contexto biopsicossocial, ela se encantou com a profissão. Ela diz que “o Terapeuta Ocupacional, ele tem como objetivo fazer com que o indivíduo seja autônomo e independente nas suas atividades diárias como o autocuidado, trabalho/escola, lazer”.

A terapeuta ocupacional se formou pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas e conta que o currículo tem disciplinas gerais como anatomia, fisiologia e bioquímica e também disciplinas específicas da Terapia Ocupacional. Ela considera que teve uma formação muito completa, na qual todos se formaram para atender em qualquer área, além de terem várias experiências na prática.

Já no segundo ano do curso, Isabelle teve os primeiros contatos com a atuação profissional, em disciplinas específicas da Terapia Ocupacional, com aulas observacionais. Segundo ela, hoje os alunos já têm contato com a profissão desde o primeiro dia de aula.

A terapeuta ocupacional trabalha na área da neuro-traumato-ortopedia, sendo a maioria dos pacientes adultos que sofreram acidente vascular cerebral (AVC). Ela trabalha pela manhã no ambulatório de reabilitação do hospital IAMSPE e no período da tarde no próprio consultório ou em domicílio.

A rotina é tranquila, porém sempre é preciso levar trabalho para casa, já que é importante planejar as atividades e algumas delas precisam que os materiais sejam confeccionados antes. Na área de atuação de Isabelle, muitas vezes é preciso realizar a confecção de órteses para o posicionamento do membro ou melhorar a função das mãos nas atividades. Outro ponto importante é a prescrição e confecção de tecnologias assistivas que auxiliam na independência dos clientes. E por fim, ela precisa treinar as atividades que o indivíduo deseja realizar.

A terapeuta explica que dentro da Terapia Ocupacional, o profissional acaba tendo conhecimentos de várias áreas. Isso porque, por exemplo para atender um paciente que era marceneiro, mas perdeu os movimentos e agora quer retomar a profissão, é “preciso conhecer os instrumentos que o marceneiro utiliza, quais os movimentos necessários. Saber se é possível para o paciente ter novamente os movimentos, suas potencialidades e limitações. Se possível com adaptações do meio ou de instrumentos ou ainda de tecnologias assistivas que auxiliem na preensão do instrumento. E se não for possível, se há interesse por outro ofício par sua condição”.

Isabelle ressalta, ainda, que é muito comum ela trabalhar em parceria com outros profissionais, como fisioterapeutas, psicólogos e fonoaudiólogos. Dependendo da demanda que surge é necessário o encaminhamento para o profissional que poderá tratar melhor da queixa específica do paciente.

Segundo ela, a Terapia Ocupacional é apaixonante. É triste não ser uma profissão tão conhecida como as outras, “mas quem já atua sabe o quanto é gratificante ver a evolução do nosso paciente e mais ainda quando ele entende porque precisou da Terapia Ocupacional, e quando isso acontece têm pacientes que pedem pra que continuemos acompanhando mesmo não havendo mais sequelas. Pois sabem que podemos ajudar em qualquer situação que seja difícil executar uma atividade.”


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