
A Química é a ciência que estuda a constituição da matéria, suas propriedades e transformações e busca compreender as leis que regem esses fenômenos.
Se você tem interesse na Química, não deixe de conferir como é o curso, as notas de corte e melhores instituições, remuneração média e os depoimentos de profissionais da área.
Como é o curso de Química
Competências de um Químico
De acordo com as diretrizes do MEC os formandos do curso de Química devem ter as seguintes capacidades:
Bacharel
Domínio das técnicas básicas de utilização de laboratórios e equipamentos
Capacidade de atuar nas atividades socioeconômicas que envolvam transformações da matéria
Aplicar abordagens criativas à solução de problemas e desenvolver novas tecnologias
Licenciado
Conhecimentos generalistas, mas sólidos, nos diversos campos da Química
Capacidade de preparar adequada aplicação pedagógica do conhecimento e experiências de Química e áreas afins
Conteúdos do curso de Química
Álgebra
Cálculo
Equações diferenciais
Leis básicas da Física
Campo gravitacional, elétrico e magnético
Propriedades físico-químicas das substâncias e materiais
Estrutura atômica e molecular
Análise química
Termodinâmica química
Cinética química
Compostos orgânicos
Compostos organometálicos
Compostos de coordenação
Macromoléculas e biomoléculas
Técnicas básicas de laboratório
Melhores instituições para se estudar Química
Notas de corte
Na primeira edição do SISU de 2020, a região com a maior oferta de vagas foi a região Nordeste, com 2.985. Foi lá onde se encontraram, também, o maior número de inscritos para o curso: 22.528.
Já a região com a menor oferta de vagas foi a Norte, com apenas 363 disponibilizadas. O menor número de inscritos, porém, foi na região Centro-Oeste, com 3.103 pessoas concorrendo às vagas.
Na região Centro-Oeste, as notas de corte da ampla concorrência para Química ficaram entre 503,8 e 687,81.
No Nordeste do país, a variação dessas notas ficou entre 529,08 e 751,18.
Já na região Norte, a menor nota de corte da ampla concorrência foi 535,76, enquanto a maior foi 741,31.
Na região Sudeste, as notas de corte ficaram entre 568,32 e 742,08.
Por fim, no Sul do país, as notas de corte da ampla concorrência ficaram entre 513,92 e 697,69.
Remuneração média dos Químicos brasileiros
A região brasileira onde os Químicos são mais bem remunerados é a Sudeste, onde a média salarial é R$ 4.280,56. Em seguida, estão os profissionais do Centro-Oeste, ganhando em média R$ 4.265,32. Logo depois, os Químicos do Sul, tem uma remuneração de R$ 3.412,03. No Nordeste, a categoria recebe em média R$ 3.053,40. Por fim, no Norte do país, a remuneração desses profissionais é de R$ 2.311,73.
O que dizem os Químicos sobre a profissão
Johnathan Palmmer – Químico

Aos 20 anos, fazendo pré-vestibular para Medicina, Johnathan começou a dar aulas particulares de Química como forma de levantar dinheiro. Com os vestibulares muito concorridos somados ao nervosismo na hora das provas, ele estava com dificuldades de ingressar em uma universidade pública.
Johnathan acabou criando gosto pela disciplina e com a necessidade de juntar dinheiro para um casamento que começava a ser vislumbrado, ele acabou decidindo fazer Química. Ele conta que percebeu que conseguiria ganhar um bom dinheiro em um intervalo curto de tempo, mas já vislumbrava dar aulas em escolas particulares no futuro.
Com o tempo, foi se apaixonando pelo contato com os alunos, pela aprendizagem e os feedbacks positivos que recebia o fizeram perceber a diferença que poderia fazer na vida dos alunos - “assim como eu poderia fazer a diferença na Medicina, eu poderia fazer na educação” conta. Essa ideia acabou se tornando uma missão de vida para o Químico. Mesmo fazendo outras atividades hoje em dia, dar aula é o que mais o cativa.
Johnathan conta que a maior dificuldade que enfrenta é fazer com que os alunos percebam a importância do Ensino Médio para os estudantes, fazer com que eles percebam o valor de cada área do conhecimento. O professor entende que hoje os alunos lidam com muitas distrações e por isso acabam buscando o mais fácil e, muitas vezes, mais raso. Por isso, fazer com que os alunos estejam não apenas de corpo presente é a maior dificuldade na rotina profissional.
Diego Souza – Doutor em Química

Diego tomou gosto pela Química ainda no Ensino Médio. Ele conta que teve ótimos professores e muita facilidade com a matéria. Ainda durante o Ensino Médio, experimentou fazer um curso técnico no SENAI de Anápolis e gostou ainda mais das atividades de laboratório, com isso resolveu fazer faculdade de Química.
Graduado em Química Industrial pela UEG e doutor em Química pela UFG, Diego conta que o primeiro contato com a atuação profissional que teve foi no primeiro concurso que passou, como técnico de laboratório da UEG. Com isso, começou a desempenhar os conhecimentos que adquiriu. Lá, ele preparava soluções para aulas experimentais, cuidava da manutenção de instrumentos de laboratório, organizava materiais e combinava roteiros de aula com os professores.
Atualmente o Químico Industrial trabalha como perito criminal em Química na Polícia Civil do Distrito Federal. No laboratório de Química Forense, ele faz diversas análises: identificação de drogas e substâncias psicoativas, autenticidade de bebidas, adulteração de produtos, venenos, análises ambientais, dentre outras. Além de trabalhar como perito, Diego também dá aulas de Química para concursos.
Diego conta que, apesar de não ser uma área que vai deixar a pessoa rica, é uma área com muitas oportunidades. Tanto no setor público, quanto na inciativa privada. É uma profissão que garante bastante estabilidade no emprego, segundo ele.
As maiores motivações que o Químico vê na profissão é se sentir desafiado pela área, o contato com novidades e a pesquisa intensa no campo. O cargo que ocupa hoje também oferece uma boa remuneração, que auxilia bastante na manutenção da qualidade de vida desejada. Além de receber muitos feedbacks positivos dos alunos aprovados em concursos.
Pablo Marinho – Farmacêutico, mestre em Análises Químicas Forenses

Durante a graduação em Farmácia, Pablo participou do Laboratório de Toxicologia Ocupacional da UFMG e isso despertou o interesse em trabalhar na área de laboratório. Quando soube do concurso para perito criminal, ele viu a possibilidade de aplicar seus conhecimentos a serviço da Justiça.
Trabalhando na Polícia Civil de Minas Gerais, Pablo defendeu o mestrado na linha de quantificação de LSD em amostras apreendidas. Mais tarde, foi transferido para o laboratório de Química Forense do Instituto de Criminalística, onde trabalha até hoje.
Em sua rotina de trabalho realiza análises em vestígios coletados pelos peritos criminais e em materiais apreendidos. Dentre os materiais analisados estão: drogas de abuso, medicamentos, alimentos, bebidas envenenadas, solventes, precursores de drogas, resíduos de tiro, agrotóxicos, alimentos, bebidas envenenadas, ligas de metais, substâncias cáusticas, dentre outros. Os resultados são enviados para apuração de infrações penais.
O que o motiva a seguir na área é a compreensão do quão importante é o laudo pericial nas investigações policiais. Esse documento é de extremo valor como prova científica na condenação de criminosos ou absolvição de inocentes, Pablo conta.
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