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Saiba tudo sobre as Letras

As Letras abrangem as áreas que estudam a linguística, estudos literários, gramática, estudos culturais, história e filosofia.


Se você está pensando no curso de Letras como uma possibilidade, continue lendo para conhecer a estrutura do curso, as competências dos profissionais da área, remuneração e ver um pouco da rotina dos profissionais a partir de relatos.


Símbolo das Letras

Flor-de-lis, símbolo do curso de Letras

O símbolo do curso de Letras é a flor-de-lis. Cada uma de suas três pétalas representa um dos três pilares do curso: Linguística, Literatura e Gramática.


A pétala do meio, apontando para cima, representando o ideal, o elevado, está vinculada à literatura.


A pétala da direita, conotando a tradição conservada, representa a gramática.


Por fim, a pétala da esquerda representa a ciência, a revolução racional e remete à linguística.


O traço horizontal representa a união das três pétalas como um feixe.


Como é o curso de Letras

Competências dos letristas


De acordo com as normativas do MEC, os profissionais formados em Letras, devem sair do curso com as seguintes habilidades:


  • Domínio da Língua Portuguesa ou de uma língua estrangeira em suas manifestações oral e escrita, tanto em termos de produção quanto recepção de textos

  • Capacidade de refletir e analisar criticamente a linguagem como fenômeno psicológico, educacional, social, histórico, cultural, político e ideológico

  • Visão crítica das perspectivas teóricas adotadas nas investigações linguísticas e literárias que fundamentam sua formação profissional

  • Preparação profissional atualizada de acordo com o mercado de trabalho

  • Percepção de diferentes contextos interculturais

  • Utilização dos recursos de informática

  • Domínio dos conteúdos básicos dos processos de ensino e aprendizagem no ensino fundamental e médio

  • Domínio dos métodos e técnicas pedagógicas que permitam a transposição dos conhecimentos para os diferentes níveis de ensino

Conteúdo do curso de Letras

O curso de Letras deve abordar os seguintes temas


  • Linguística

  • Literatura Ocidental

  • Leitura e produção de texto

  • Teoria da Literatura

  • Fonética e fonologia

  • Morfologia e sintaxe

  • Semântica

  • Literatura brasileira

  • Sociolinguística

Melhores instituições para se estudar Letras

  1. USP

  2. UniCamp

  3. UFMG

  4. UFRJ

  5. UFF

Notas de corte para Letras no SISU

Na primeira edição do SISU 2020, a região com o maior número de vagas disponíveis para Letras foi a Nordeste, com 5.223 no total. Foi lá também que se encontrou o maior número de candidatos para o curso, sendo 54.171 inscritos.


A região com o menor número de vagas, por sua vez, foi a região Norte, disponibilizando 985. Porém, o menor número de concorrentes para o curso de Letras ocorreu na região Centro-Oeste, com 12.823 inscritos.

Gráfico quantitativo das vagas e candidatos para o curso de Letras no SISU 2020.1

Na região Centro-Oeste, a menor nota de corte na modalidade ampla concorrência foi 528,53 e a maior 691,46.


Na região Nordeste, por sua vez, as notas variaram entre 527,44 e 789,72.


No Norte do país, a variação das notas de corte foi entre 545,59 e 746,4.


No Sudeste a menor nota de corte da ampla concorrência foi 549,28 e a maior 746,68.


Por fim, na região Sul, as notas ficaram entre 519,98 e 704,64.

Gráfico quantitativo das variações nas notas de corte na modalidade ampla concorrência para o curso de Letras no SISU 2020.1


Média salarial dos professores de Língua Portuguesa

A região brasileira em que os professores de língua portuguesa são mais bem pagos é a região Sudeste, com uma média salarial de R$3.747,91. Em segunda posição, estão os profissionais da região Nordeste, recebendo R$3.078,59. Em terceiro lugar, estão os professores do Sul, com uma média de R$2.909,68. Em seguida os professores do Centro-Oeste, ganhando R$2.899,31. Por fim, na região Norte, a média salarial é de R$2.209,01.

Gráfico quantitativo do piso, média e teto salarial dos professores de português no Brasil

O que dizem os profissionais formados em Letras sobre a profissão

Isabela Azevedo – Professora de Português

Foto de Isabela Azevedo, professora de Português
Isabela Azevedo - Professora de Português

Isabela queria muito ser escritora. Quando ela viu algumas páginas do curso de Letras da UFMG falando sobre oficinas de escrita, ela se empolgou bastante. Assim que terminou o ensino médio, já ingressou na faculdade.


Ela começou o curso acreditando que teria uma formação específica que a ajudaria no âmbito da escrita. Porém, ao longo do curso ela percebeu que a grade não tem tantas disciplinas sobre práticas de escrita ou oficinas criativas. Existem muitos cursos extracurriculares sobre o tema, mas dentro das matérias da faculdade, é bem restrito.


Mesmo assim, ela achou o curso bastante interessante com muitos assuntos interdisciplinares como biologia e geografia. Ela conta que quando estudavam a origem das línguas e estudavam o aparelho fonatório, se falava muito sobre física.


Já em seu primeiro ano, ela iniciou uma monitoria no colégio Bernoulli de Belo Horizonte e gostou muito do contato com os alunos em sala de aula. A ideia de ajudar o aluno em seu percurso acadêmico e profissional chamaram muito a atenção de Isabela. Ver o processo do aluno entre o momento em que ele desconhece algo e quando ele começa a entender, ou quando ele consegue destravar em alguma dúvida que tinha.


Essa experiência fez com que ela enxergasse uma possibilidade que ainda não tinha avaliado até o momento, a de ser professora. A ideia da escrita acabou ficando de lado, já que a universidade não iria estimular tanto essa área e Isabela também não teve tanto ânimo para continuar com esse projeto, já que começou a gostar mais da docência.


No ano seguinte, ela começou a dar aulas de gramática para cursos militares. Ela lecionava para os alunos que iriam fazer ITA, IME. Para Isabela, que sempre gostou de gramática, foi uma experiência fantástica. Mas ela conta que foi também muito desafiador precisar transmitir conhecimento. Segundo a professora, é preciso muito cuidado ao incentivar a troca de conhecimento. Isso fez com que ela aprendesse muito, inclusive como adaptar a aula para que se adaptasse à turma e não fosse maçante.


A professora conta que a graduação foi fantástica, permitindo uma visão muito grande de questões sociais, que segundo ela eram muito bem levantadas e debatidas em sala de aula. Outro ponto que ela gostou muito na faculdade foi deixar de ser “paciente do conhecimento”. Na Letras os professores incentivavam bastante o diálogo e a proposição de hipóteses. Depois de formada, ela fez uma pós-graduação latu senso em Gestão Escolar pela PUC Minas.


Isabela conta que a profissão de professor, principalmente Letras, “é uma profissão que você tem que ir já tendo em mente que o trabalho extraclasse é um trabalho pesado”. Hoje em dia, para preparar uma aula de cerca de uma hora, ela gasta cerca de 4 horas. É um tempo de preparação muito grande, mas que para ela é também extremamente satisfatório.


Ela conta que a ideia de preparar uma aula que possa fazer o aluno se divertir, que seja leve e que permita que a classe entenda o que está sendo proposto é um exercício muito legal. Ela conta ainda que a Letras é um dos poucos cursos que dá esse incentivo à criatividade e isso faz com que a rotina fique mais leve.


Além da preparação das aulas, fazem parte da rotina a correção de provas, e dar feedback para os alunos. Ela procura ainda sempre se mostrar muito aberta para os alunos, para que haja um espaço de diálogo.


A professora conta que um dos maiores desafios que ela enfrenta é também uma das coisas que ela mais gosta na profissão. Quando o aluno faz uma pergunta e ela não sabe responder ou não tem uma resposta muito bem formulada ela precisa procurar saber para ensinar. Então existe a necessidade de sempre estar aprendendo.


Já quanto a lidar com alunos diferentes, indisciplinados, não é algo que Isabela vê como um desafio. Ela encara essas situações com muita naturalidade, procurando sempre entender as individualidades. Mas ela sabe que por trabalhar em escola particular, ela está em uma realidade privilegiada. Os desafios enfrentados por muitos professores em escolas públicas não estão presentes em sua rotina.


Até hoje, o que mais motiva Isabela é a primeira sensação que ela teve em sua primeira monitoria, de poder promover a mudança na vida de alguém. Muitas vezes os professores convivem mais com os alunos do que os próprios pais. Então saber lidar com os planos e sonhos de cada um é algo que ela vê com muita responsabilidade, mas que é uma oportunidade de ser agente de transformação na vida desses alunos.

 

Professora Dani – Professora de Português

Foro da professora Dani, de Língua Portuguesa
Professora Dani - Professora de Português

Aos 13 anos, Dani já havia decidido que faria Letras. Ela sempre gostou muito de Português e de escrever e esse desejo foi se intensificando. Ela percebeu que com o curso de Letras ela poderia ajudar a sociedade.


Dani se formou em Letras pela UNICAP e tem especialização em Ensino de Português e Produção Textual. Recentemente ela se formou em Pedagogia e está cursando uma especialização em Psicopedagogia no momento.


O curso de Pedagogia veio para ampliar as possibilidades em concursos públicos, já que alguns cargos na área da educação exigem essa formação. A pretensão da professora Dani é continuar em sala de aula, mas ela quer também agregar um cargo na área pedagógica, para crescer profissional e financeiramente. A professora acha que conhecimento nunca é demais e ela gosta de estudar. Segundo ela, um profissional de Letras tem que gostar muito de ler


Ela, que já trabalha há 12 anos como professora de Português, teve seu primeiro contato com a atuação profissional em um estágio em escola pública. Ela conta que é uma rotina de trabalho muito intensa, com ritmo de trabalho acelerado. Mesmo assim ela conta que é satisfatório perceber que os alunos aprenderam o que ela passou. Ela sempre busca inovar levando atividades que os alunos gostem.


Dani conta que enfrenta muitos desafios na profissão como professora de escola pública. Eles vão desde indisciplina, alunos com famílias desestruturadas, outros marginalizados e alguns que não querem aprender. As condições para as aulas também não são nem de longe ideais. São salas pequenas, quentes e sem a estrutura básica muitas vezes.


Mas a professora lida com isso tudo com bastante jogo de cintura. Ela acredita que o professor precisa ter sensibilidade para entender todas essas questões psicossociais que acabam interferindo no processo de aprendizado. Ela procura sempre ter empatia e ouvir os alunos quando necessário. Com isso, ela elabora aulas dinâmicas que se adequem à realidade dos alunos.


Saber que pode fazer a diferença na vida de muitos desses alunos, da mesma forma como um dia os professores dela fizeram em sua vida é o que motiva Dani a continuar dando aulas.

 

Márcia Haute – Professora de Português e Inglês

Foto da professora Márcia Haute
Márcia Haute - Professora de Português e Inglês

Márcia sempre teve facilidade com a área das linguagens, por isso decidiu cursar Letras. Ela conta que aprendeu muitas teorias durante o curso e que aplica boa parte delas em sala de aula, mas a prática também a faz aprender muito.


Em seu primeiro estágio, Márcia conta que a experiência foi assustadora, por ela não saber bem com lidar com perguntas que não sabia responder. Mas com o tempo ela aprendeu a dizer que não sabe ou não lembra a resposta para determinado tópico e voltar com a resposta na aula seguinte ou construir essa resposta em conjunto com os alunos.


Com a rotina bastante atribulada, a professora acredita que aqueles que dizem que não se ganha bem nas Letras ainda não explorou todas as possibilidades. Hoje em dia Márcia é professora particular de uma instituição de ensino privada em Porto Alegre, dá aulas particulares de Português e Inglês, assessora a rotina de estudos de vestibulandos e concurseiros e ainda atua como tutora de cursos corporativos na área de Língua Portuguesa e comunicação.


Ela conta que adora quando os alunos ou clientes dizem “Ah, era isso?”. Ela fica feliz em ajuda-los a desmistificar, entender e admirar tudo o que permeia a linguagem.


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