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Saiba tudo sobre a Farmácia

A Farmácia como profissão separada das outras áreas da saúde surgiu no século XVIII, quando tornou-se necessário separar a pessoa que diagnosticava da que preparava e vendia os medicamentos. A Medicina ficou, então, por conta do diagnóstico e a Farmácia do preparo e venda dos remédios.

Se você está considerando ingressar no curso de Farmácia, mas ainda está em dúvida sobre como é a profissão, vem conferir o conteúdo do curso, notas de corte, salário e como é a rotina dos profissionais e estudantes dessa ciência da saúde.

Símbolo

Símbolo da Farmácia. A imagem é composta por uma cobra verde enrolada em uma taça dourada

O símbolo da Farmácia teve origem na mitologia grega e é a conjunção do símbolo do deus da cicatrização, Asclépio, cujo símbolo era uma cobra envolta em um bastão.

A taça por sua vez, era o símbolo de sua filha Hígia, deusa da higiene e da saúde. Hígia assumiu o lugar do pai quando ele foi morto por Zeus, adotando também a cobra, formando o símbolo que hoje é conhecido como o símbolo da Farmácia.

A serpente representa a ciência e o renascimento e a taça simboliza a cura.


Como é o curso de Farmácia?

Conteúdo do curso

O curso de graduação de Farmácia deve contemplar conteúdos das seguintes áreas de acordo com as normas do MEC:


1. Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

a. Ética e bioética


2. Ciências Exatas

a. Química

b. Física

c. Matemática

d. Estatística

e. Tecnologias da informação aplicadas às ciências farmacêuticas


3. Ciências Biológicas

a. Bases moleculares e celulares

b. Organização estrutural de protistas, fungos e vegetais de interesses farmacêuticos

c. Fisiologia, patologia e fisiopatologia

d. Estudo de agentes infecciosos e parasitários

e. Fatores de risco

f. Proteção para o desenvolvimento de doenças


4. Ciências da Saúde

a. Saúde coletiva

b. Organização e gestão de pessoas, de serviços e do sistema de saúde

c. Programas e indicadores de qualidade e segurança dos serviços

d. Políticas de saúde

e. Legislação sanitária

f. Epidemiologia

g. Comunicação

h. Educação em saúde


5. Ciências Farmacêuticas

a. Assistência farmacêutica

b. Farmacologia

c. Química farmacêutica

d. Farmacocinética

e. Controle de qualidade

f. Deontologia, legislação sanitária e profissional

g. Análises clínicas

h. Genética e biologia molecular

i. Análises toxicológicas

j. Gestão de serviços farmacêuticos

k. Farmácia hospitalar

l. Pesquisa e desenvolvimento em Farmácia

Melhores instituições em 2019

1. USP

2. UFMG

3. UNICAMP

4. UNESP

5. UFRGS


Notas de corte

Na primeira edição do SISU de 2020, a região com a maior oferta de vagas para o curso de Farmácia foi a sudeste. O menor número de vagas foi encontrado na região Norte. Quanto ao número de candidatos, a campeã de inscrições foi a Nordeste e a com menor número de inscritos foi a Norte.

Gráfico representativo do número de vagas e candidatos para o curso de Farmácia na primeira edição do SISU 2020. Os dados estão divididos em regiões brasileiras

Confira no gráfico abaixo as maiores e menores notas de corte para o curso de Farmácia na primeira edição do SISU 2020.

Gráfico representativo das notas de corte na modalidade ampla concorrência para o curso de Farmácia na primeira edição do SISU 2020. Os dados são apresentados por região brasileira

Quanto ganha um farmacêutico no Brasil?

Gráfico representativo do piso, média e teto salarial de um farmacêutico em cada região brasileira

O que dizem os profissionais e estudantes da Farmácia?


Thayla Reis – Estudante do 3º período de farmácia

Foto de Thayla Reis, estudante de Farmácia. Na foto Thayla veste seu jaleco e está em um laboratório, com alguns equipamentos ao fundo
Thayla Reis - Estudante de Farmácia

Thayla sempre foi apaixonada pela área da saúde, e achou difícil escolher o curso que faria. Para decidir ela analisou todas as áreas em que um farmacêutico pode atuar e se encantou com o campo e ela não se arrependeu da escolha.

A estudante conta que no início foi difícil se acostumar com a rotina de estudos, por estudar em uma cidade diferente da que reside, mas logo ela se adaptou. Ela conta que para se organizar nos estudos, ela anota o que tem que fazer no dia. Quando ela sente alguma dificuldade em uma disciplina, ela gosta de dedicar um dia inteiro à ela.

Boa parte da família da Thayla tem alguma relação com a Farmácia. A mãe começou a graduação na área, mas por motivos pessoais não concluiu. Ainda assim, hoje ela é supervisora geral de uma rede de farmácias. Todas as tias e o namorado da futura farmacêutica trabalham com alguma área da farmácia. Isso influenciou bastante a escolha do curso.

Apesar da família farmacêutica, Thayla ainda não teve nenhuma experiência profissional na área. No próximo semestre começam os estágios na faculdade, que serão em quatro áreas: drogaria, hospital, indústrias e laboratórios. Ela ainda não sabe qual será a primeira área de atuação, já que é a coordenadora do curso que escolhe qual será o estágio de cada semestre. Mas a estudante espera ansiosamente pelo estágio em hospitais.

Ela conta que gosta muito de hospitais, desde pequena. Sempre gostou de estudar doenças, principalmente câncer. Mas ela não sabe dizer de onde veio esse gosto pelo ambiente hospitalar. “Surgiu espontaneamente”, ela conta.

 

Ludmilla Monteiro – Farmacêutica responsável técnica de drogaria

Foto da farmacêutica Ludmilla. Na foto, Ludmilla veste seu jaleco e há uma planta ao fundo
Ludmilla Monteiro - Farmacêutica

Ludmilla cresceu dentro da farmácia do pai, que era enfermeiro. Após o falecimento dele, ela, como filha única, assumiu a administração da farmácia. Ela conta que escolheu a farmácia por “indução da vida” e que aprendeu a amar a profissão desde criança.

Ela se formou na Estácio de Sá de Campos dos Goitacazes. Na época que se formou, o curso tinha apenas 4 anos de duração, hoje já são 5. A farmacêutica conta que o tempo de curso foi perfeito. Ela diz que o curso é riquíssimo e que aprendeu muito. Ludmilla enfatizou que a formação do farmacêutico é uma das mais completas, estudando ética, farmacologia, estatística, fisiologia, bromatologia, entre outros.

Quando perguntei sobre a rotina de trabalho, a profissional me contou que, como proprietária de drogaria, é bem extensa. A drogaria funciona de 7 da manhã às 7 da noite. Então, como responsável técnica, ela procura estar a maior parte do tempo possível na loja. Nem sempre a mãe de dois filhos consegue chegar para abrir a drogaria. Mas ela faz questão de ficar para fechar todos os dias.

Ela conta que de acordo com a ANVISA existem duas configurações possíveis no quadro de funcionários. Quando o(a) farmacêutico(a) é proprietário(a) da loja, é possível apenas ele(a) trabalhar. Quando o proprietário não é formado na área, por outro lado, são exigidos dois farmacêuticos por estabelecimento. Ludmilla se enquadra na primeira categoria.

Por causa dessa configuração, durante o dia, ela cuida de toda a parte burocrática do estabelecimento. Desde a documentação de receitas de medicamentos controlados, antimicrobianos e entrada de nota fiscal.

Ela é quem cuida, também, das compras. Ela que gerencia as faltas, reposição das faltas e entrada de mercadorias. Além de ser a responsável pelos relatórios mensais, trimestrais e anuais para a vigilância sanitária. Ela explica, ainda, que gerencia o envio e controle de medicamentos controlados na platafdorma SNGPC da ANVISA.

Outra função que Ludmilla desempenha é o controle e registro dos medicamentos termolábeis (sensíveis à temperatura), registro da temperatura e umidade do ambiente, realização do manual de boas práticas e treinamento continuo dos colaboradores.

E além das funções administrativas citadas, ela ainda presta serviços farmacêuticos ao longo do expediente, como aplicação de injetáveis, aferição de glicemia e pressão arterial. Todos os procedimentos são registrados em talão de duas vias, dentro do exigido pelos órgãos fiscalizadores, e é também uma forma de atenção farmacêutica.

A profissional conta que é apaixonada pelo que faz e tem muito orgulho de ser farmacêutica. Ela recomenda muito o curso. Ela pontua que o mercado no ramo de drogarias está saturado, com mais de 80.000 drogarias no Brasil. Mas segundo ela, pra quem quer se destacar e ganhar o mercado, sempre haverá espaço. Ela finaliza dizendo que para que está em dúvida “Eu sempre falo, pode tirar a dúvida, porque vale à pena”.

 

Paula Lima – Farmacêutica


Foto de Paula, farmacêutica. Na foto ela veste uma blusa branca e está sorrindo
Paula Lima - Farmacêutica

Paula decidiu que carreira seguir durante um acompanhamento psicológico, com a ajuda de testes vocacionais. Ela se identificou com o curso por mexer com laboratório na época. Mas descobriu que o curso é muito mais abrangente do que ela esperava, mas continuou gostando mesmo assim.

Ela começou os estudos em uma universidade pública longe de casa, mas por causa dos reajustes de bolsas do governo e greves frequentes, ela voltou para sua cidade de origem, onde terminou o curso em uma instituição particular. Trabalhando para se manter no curso.

A experiência de estudar em duas instituições fez com que ela aprendesse de formas diferentes, já que cada uma focava em uma área diferente da outra. Ela conta que a experiência de morar fora também fez com que ela amadurecesse.

A primeira experiência profissional da Paula foi no varejo farmacêutico, no fim da graduação. Agora, depois de formada, ela estuda para concurso público, pois deseja trabalhar no Sistema Único de Saúde.

O SUS desperta a atenção da farmacêutica pelo cuidado com a população mais carente, que costuma receber menos atenção. Além disso, ela acha uma área de trabalho mais desafiadora, na qual é necessário lidar com falta de recursos muitas vezes.

Ela explicou que no SUS a atuação do farmacêutico é apenas na área clínica, área que Paula escolheu por gostar de servir e ajudar. Nessa área está o maior contato com o paciente e com os cuidados para que ele tenha mais qualidade de vida. Dentro do sistema público, essa área da farmácia pode apresentar diferenças de atividades em cada ambiente (hospitais e unidades básicas de saúde).

 

Filipe Chagas – Farmacêutico Clínico

Foto do farmacêutico Filipe Chagas
Filipe Chagas - Farmacêutico

Filipe decidiu ser farmacêutico, pois queria atuar em uma área que tivesse a ver com química, mas que fosse da área da saúde ao mesmo tempo. Ele se formou farmacêutico generalista e já atuou nas áreas de análises clínicas, farmácia hospitalar, e atualmente está na área clínica, além de estar se especializando em estética avançada.

No final da faculdade ele começou a trabalhar em farmácia e logo que se formou, seu lado empresário o deu a oportunidade de ter a própria farmácia, onde ele é responsável pela parte técnica, conciliando os atendimentos na sala de serviços e no balcão.

Ele conta que tem a oportunidade de ajudar muitas pessoas com seu trabalho e executar a educação em saúde, fornecendo orientações para os clientes. Isso o satisfaz enquanto profissional e alimenta sua vontade de continuar atuando na área.


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