
Saiba tudo sobre a Engenharia Elétrica

A Engenharia Elétrica surgiu em meados do século XIX, quando a energia elétrica começou a ser utilizada e distribuída. No Brasil, o curso abrange também as disciplinas da Engenharia Eletrônica e Telecomunicações.
Se a Engenharia Elétrica é uma das opções de carreira que você considera seguir, não deixe de conferir a estrutura do curso, notas de corte e candidatos por região, média salarial dos engenheiros eletricistas e alguns depoimentos de profissionais da área.
Como é o curso
O MEC, em suas diretrizes para os cursos de Engenharia institui que os alunos formados nesses cursos desenvolvam as seguintes competências em suas formações:
Competências
1. Capacidade de formular e conceber soluções de engenharia a partir da análise e compreensão dos usuários dessa solução e seu contexto
2. Aptidão para analisar e compreender os fenômenos físicos e químicos a partir de modelos simbólicos, físicos e outros, verificados e validados por experimentação
3. Habilidade para conceber, projetar e analisar sistemas, produtos, componentes ou processos
4. Competência para implantar, supervisionar e controlar as soluções de Engenharia
5. Capacidade de comunicar-se por meio escrito, oral, ou gráfico de maneira eficaz
6. Proficiência para trabalhar e liderar equipes multidisciplinares
7. Conhecimento para aplicar com ética a legislação e atos normativos no exercício da profissão
8. Capacidade de aprender de forma autônoma e lidar com situações e contextos complexos, atualizando-se em relação aos avanços da ciência, da tecnologia e desafios da inovação
Conteúdo do curso
Conteúdos básicos
· Administração e economia
· Algoritmos e Programação
· Fenômenos de Transporte
· Física
· Informática
· Matemática
· Mecânica dos Sólidos
· Metodologia Científica e Tecnológica
· Química
Conteúdos específicos
· Circuitos Elétricos
· Circuitos Lógicos
· Controle de Sistemas Dinâmicos
· Conversão de Energia
· Eletromagnetismo
· Eletrônica Analógica e Digital
· Materiais Elétricos
· Modelagem, Análise, Síntese e Simulação de Sistemas
· Telecomunicações
Melhores instituições de 2019
1. USP
2. UNICAMP
3. UFMG
4. UFRGS
5. UFRJ
Notas de corte
Na primeira edição do SISU 2020, a região com o maior número de vagas ofertadas para os cursos de Engenharia Elétrica foi a Sudeste, com 1.401. Foi onde também houve o maior número de candidatos inscritos ao curso, com 13.030.
Já a região com a menor oferta de vagas para Engenharia Elétrica foi a Norte, com apenas 149. O número de candidatos na região também foi o menor do Brasil, com 1.480 inscritos.
A menor nota de corte na modalidade ampla concorrência do curso de Engenharia Elétrica na primeira edição do SISU 2020 na região Centro-Oeste foi 632,38, enquanto a maior foi 715,00.
Na região Nordeste, a menor nota de corte foi 624,26 e a maior 823,58.
No Norte, por sua vez, as notas de corte da modalidade ampla concorrência para Engenharia Elétrica variaram entre 640,47 e 789,96.
A variação da região Sudeste foi de 639,84 a 786,63.
E por fim, na região Sul, as notas de corte variaram entre 610,14 e 727,54.
Média salarial
A região brasileira com a melhor remuneração para Engenheiros Eletricistas é a região Norte, com uma média salarial de R$8.823,37. Em segundo lugar estão os salários da região Sudeste, cuja média é R$8.109,95. Logo em seguida está a região Nordeste, com uma média salarial para a profissão de R$7.736,31. Depois vem a região Sul, com Engenheiros Eletricistas recebendo em média R$6.783,65. E a região com a menor remuneração média para esses profissionais é a região Centro-Oeste, com uma média de R$5.825,52.
O que Engenheiros Eletricistas dizem sobre a profissão?
Marcio Vieira de Camargo – Engenheiro Eletricista

Marcio teve contato com a profissão ainda na infância, quando seu pai, que era eletricista residencial, o levava para trabalhar com ele. A experiência precoce fez com que ele tomasse gosto por aquilo.
Para se profissionalizar, ele fez colégio Eletrotécnico, curso técnico em Eletrônica e depois Engenharia Elétrica com ênfase em Automação Não-Industrial.
Marcio me explicou que o principal diferencial dos engenheiros eletricistas com relação a outros engenheiros é justamente a capacidade de dimensionar sistemas elétricos, gerenciar e coordenar sistemas de geração de energia e a habilidade de gerenciar a engenharia de manutenção em indústrias, manutenção e modernização de máquinas em processos produtivos, entre outros.
Por fim, o engenheiro contou que sua principal motivação para seguir na área é o fato de sempre haverem novidades e ele aprender a cada trabalho.
Raphael Fernandes – Técnico em Elétrica e estudante de Engenharia Elétrica

Raphael escolheu a mesma profissão do avô e do pai. Ele conta que sempre trabalhou com obras e uma facilidade com números. Com isso, ele se dedicou a conhecer a elétrica por inteiro.
O eletricista conta que começou o técnico em Elétrica junto com o ensino médio na Faetec. Hoje, ele cursa a graduação em Engenharia Elétrica e se forma em 2021.
O primeiro contato de Raphael com a profissão foi em uma empresa de fabricação de medidores e instalação, onde foi supervisor responsável. Mas ele conta que sempre teve vontade de trabalhar para si mesmo. Ele começou fazendo pequenos serviços e assim que o desligaram da empresa, ele abriu o próprio negócio no ramo de elétrica residencial e comercial e climatização geral.
Atualmente, a rotina do eletricista é bastante corrida, já que ele preza muito pela qualidade do serviço. Ele desempenha funções de orçamento, preparação de material e execução de serviços elétricos e climatização.
Raphael contou ainda que o que mais o motiva é o amor que ele tem pelo trabalho. Ver os clientes felizes o motiva a crescer cada vez mais. Ele conta que estuda muito para se manter atualizado no mercado e conseguir se destacar mais com o tempo.
Guilherme Lopes – Mestre em Engenharia Elétrica

Guilherme sempre gostou de desmontar equipamentos eletrônicos pra ver o que tinha dentro. Além disso, ele sempre gostou das disciplinas de exatas, por isso decidiu fazer Engenharia Elétrica.
Ele conta que a formação acadêmica foi satisfatória e que o permitiu construir uma base técnica muito forte. Mas ele lembra que teve muitos professores ruins e a maioria não gostava de dar aula.
Essa insatisfação com os professores acabou motivando Guilherme a criar o canal souEngenheiro no YouTube para ajudar outros alunos que estejam sofrendo com a falta de didática de muitos docentes.
Em seu mestrado, foi na área de telecomunicações e telemática. Segundo ele, essa é uma área bastante extensa, que estuda a transmissão de informações à distância por meio dos chamados canais de comunicação.
A pesquisa do Guilherme foi voltada para a comunicação sem fio e ele trabalhou com redes de sensores, sistemas embarcados e internet. Hoje ele cursa as disciplinas que precisa para entrar no doutorado.
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