
Saiba Tudo sobre a Engenharia Civil
O ser humano constrói abrigos desde a pré-história. Mas com o passar do tempo, foram sendo desenvolvidas técnicas cada vez mais avançadas para a construção de estruturas cada vez mais complexas. A Engenharia Civil é justamente o ramo da ciência que se dedica a criação e execução dessas construções.
Se você está considerando seguir na área da Engenharia Civil, não deixe de conferir as características do curso, remuneração da categoria e o depoimento de profissionais da área sobre suas rotinas.
Símbolo da Engenharia Civil

A Engenharia Civil tem como seu símbolo a deusa Minerva, equivalente romana da deusa grega Atena, deusa da sabedoria.
No símbolo da Engenharia Civil, Minerva vem sempre rodeada por uma engrenagem.
Como é o curso de Engenharia Civil?
Competências
As diretrizes do Ministério da Educação dizem que os alunos formados adquiram as seguintes competências:
1. Capacidade de formular e conceber soluções de engenharia a partir da análise e compreensão dos usuários dessa solução e seu contexto
2. Aptidão para analisar e compreender os fenômenos físicos e químicos a partir de modelos simbólicos, físicos e outros, verificados e validados por experimentação
3. Habilidade para conceber, projetar e analisar sistemas, produtos, componentes ou processos
4. Competência para implantar, supervisionar e controlar as soluções de Engenharia
5. Capacidade de comunicar-se por meio escrito, oral, ou gráfico de maneira eficaz
6. Proficiência para trabalhar e liderar equipes multidisciplinares
7. Conhecimento para aplicar com ética a legislação e atos normativos no exercício da profissão
8. Capacidade de aprender de forma autônoma e lidar com situações e contextos complexos, atualizando-se em relação aos avanços da ciência, da tecnologia e desafios da inovação
Conteúdo do curso
O curso de Arquitetura e Urbanismo deve abordar em sua grade de disciplinas temas dos seguintes núcleos
1) Núcleo de conhecimentos de fundamentação
a. Estética
b. História das artes
c. Estudos sociais e econômicos
d. Estudos ambientais
e. Desenho e meios de representação e expressão
2) Núcleo de conhecimentos profissionais
a. Teoria e história da arquitetura, do urbanismo e do paisagismo
b. Projeto de arquitetura, de urbanismo e de paisagismo
c. Planejamento urbano e regional
d. Tecnologia da construção
e. Sistemas estruturais
f. Conforto ambiental
g. Técnicas retrospectivas
h. Informática aplicada à arquitetura e urbanismo
i. Topografia
Melhores instituições
1º USP
2º UNICAMP
3º UFRJ
4º UFMG
5º UFRGS
Notas de corte
Na primeira edição do SISU 2020, a região com a maior disponibilidade de vagas para o curso de Engenharia Civil foi a região Nordeste, com 2.097 vagas ofertadas. Foi lá também que a maio quantidade de pessoas concorreu ao curso, com 22.284 inscritos.
A região Norte, por outro lado, foi a que ofertou menos vagas para o curso, com apenas 341. Mas o menor número de candidatos concorrendo ao curso de Engenharia Civil foi a região Centro-Oeste, com apenas 5.227 candidatos inscritos para a seleção no curso.
Na região Centro-Oeste, as notas de corte para a modalidade ampla concorrência em Engenharia Civil variaram entre 610,82 e 741,32.
Na região Nordeste, a menor note de corte foi 623,25 e 857,51.
No Norte do país, por sua vez, as notas de corte ficaram entre 648,18 e 821,11.
Na região Sudeste, o curso de Engenharia Civil teve uma variação na modalidade ampla concorrência entre 642,92 e 777,97.
Por fim, na região Sul, a variação foi de 644,34 a 732,92.
Média salarial
A região brasileira que melhor remunera os engenheiros civis é a região sudeste, com uma média salarial de R$8.095,49. Logo após vem a região Nordeste, com esses profissionais recebendo em média R$6.628,22. Em terceiro lugar estão os profissionais do Sul, recebendo R$ 6.629,73. Na penúltima posição estão os engenheiros civis da região Norte, com uma média salarial de R$6.157,11. E a região onde esses profissionais recebem a menor média do Brasil é a Centro-Oeste, com R$5.846,93.
O que engenheiros civis dizem sobre a profissão
Carolina Munk – Engenheira Civil

Carolina queria estudar em uma escola técnica quando jovem, por acreditar que isso a levaria à independência financeira. Então ela cursou o Técnico em Edificações do CEFET. Ela conta que gostava muito das parte práticas do curso, principalmente do laboratório de materiais de construção e solos.
Mesmo gostando do técnico e sentindo essa afinidade com as atividades práticas, Carolina decidiu cursar História na graduação. Ela escolheu esse curso por gostar da disciplina na escola e ter interesse em entender as dinâmicas sociais. Ela tinha vontade de dar aula e ajudar a formar pessoas mais críticas, porém sentiu muita falta da prática e do manual na História.
Ainda durante o curso de História, Carolina começou a estagiar em uma construtora. Ao mesmo tempo que sentia falta da prática na graduação, ela começou a gostar de atuar profissionalmente na construção civil. E foi essa prática profissional que a aproximou da área.
Um tempo depois de concluir o curso de História e de muito tempo considerando o que teria sido de sua vida se tivesse cursado Engenharia Civil, Carolina decidiu iniciar a segunda graduação. Ela conta que no início do curso, pelo fato de ela estar há mais de 6 anos sem contato nenhum com a Matemática, foi bem difícil. Porém, como ela já estava mais velha e mais madura do que na primeira graduação, ela conseguiu ser mais resiliente com seus erros e se cobrou um pouco menos.
Se o ciclo básico, com seus inúmeros cálculos, foi desafiador, a parte mais prática do curso foi muito interessante, segundo a engenheira. Ela pode ver a técnica complementando a prática e tudo começou a fazer mais sentido. Ela acredita que é imprescindível que os estudantes tenham contato com a prática do mercado de trabalho.
Em seu primeiro contato profissional com a construção civil, Carolina foi estagiária do sistema de gestão da qualidade. Nessa função, ela acompanhava o serviço do pessoal na obra e treinava os operários nos procedimentos operacionais.
Hoje a rotina da engenheira varia de acordo com a fase das obras pelas quais é responsável. Durante a execução, ela acompanha e elabora formas de verificar os serviços prestados. Após a finalização, é ela quem verifica o trabalho e realiza a vistoria de entrega juntamente com o cliente/proprietário. Após essa etapa, ela ainda é responsável pela assistência técnica, caso surjam problemas decorrentes de erros de execução.
Carolina conta que um dos desafios que encontra é o machismo que ainda existe na profissão, isso a afetou principalmente no início. Mas ela conta que aos poucos venceu a resistência inicial e se aproximou dos operários. Outro desafio que ela encontra é a mediação e resolução de problemas com os operários, investidores e diretores de forma justa e se fazendo ser respeitada.
Por outro lado, entregar a obra para o cliente a motiva muito. Ela conta que tem uma sensação enorme de missão cumprida. A variedade dos desafios que surgem no trabalho também a instiga, já que nem sempre a solução encontrada hoje será a resposta para o problema de amanhã. Na opinião dela, isso a força a ser cada dia melhor, não só como engenheira, mas também como pessoa. Ver o prédio funcionando e sendo útil a famílias depois disso tudo é uma sensação que, para a engenheira, não tem preço. Ela finaliza dizendo que “Construir é viver numa outra escala”.
Hugo Almeida – Engenheiro Civil

Hugo, que sempre foi muito bom em exatas, pensou como muitas pessoas ao escolher a engenharia, área que exige muito cálculo. Além da facilidade com a Matemática, ele já tinha dois engenheiros civis e uma arquiteta, isso fez com que ele se decidisse pela Engenharia Civil.
Além disso, ele conta que o curso foi uma oportunidade, já que ele passou no vestibular no meio do terceiro ano, em uma época em que a concorrência no vestibular ainda não era tão acirrada quanto hoje com o SISU. Apesar de ter sido aprovado antecipadamente, por causa de uma greve na UEFS, ele só começou o curso de fato após ter terminado o Ensino Médio.
Por volta do sétimo ou oitavo semestre ele conseguiu um estágio na prefeitura de Feira de Santana e depois na empresa onde ele se formou e foi efetivado. Nessa empresa, ele trabalhou em praticamente todas as áreas: orçamento, qualidade, contrato com a Caixa Econômica Federal, gerência de obra e até coordenação, quando ele decidiu trabalhar no nicho de reformas.
Como Hugo tinha vontade de empreender, em 2014 ele saiu da empresa para abrir o negócio próprio. Há 5 anos ele trabalha exclusivamente com reforma e conta que a rotina é bem dinâmica, já que ele desempenha vários papéis simultâneos na empresa, desde compras e contabilidade a atendimento ao cliente e marketing. Raramente um dia é igual ao outro e é preciso conciliar a parte técnica com a gestão.
No final de 2019 ele começou a ofertar um curso de Gestão de Reformas, onde ele apresenta a metodologia que ele e seus colegas desenvolveram na empresa durante esses anos. Em maio, impulsionado pela pandemia do Coronavírus, ele começou a ofertar o curso à distância. Nessa nova modalidade do curso, além das aulas, ele passou a ofertar também assessoria aos alunos.
A principal motivação de Hugo para seguir no ramo das reformas é o fato de ser um nicho com clientes a todo momento. A possibilidade de transformar o imóvel e realizar os sonhos dos clientes também é um grande motivador do trabalho do engenheiro. Com os alunos, a motivação é ajuda-los a se desenvolver na área e conseguirem cada vez mais clientes.
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