A Arquitetura, ou o pensamento arquitetônico, surgiu na pré-história, com as primeiras construções humanas. O termo se refere à capacidade humana de construir e modelar o ambiente físico, desde seu projeto até o produto.
Se você está considerando seguir carreira na área de arquitetura e urbanismo, fica ligado(a). Aqui você encontra os principais conteúdos abordados no curso, a renda desses profissionais, qual é a nota do ENEM para esse curso e ainda depoimentos de profissionais que contam como é o dia a dia na profissão.
O Símbolo da Arquitetura

O símbolo da arquitetura tem em sua composição um compasso, um esquadro que circunscrevem uma letra G.
O compasso é colocado aberto no símbolo, para representar a forma circular que ele traça, simbolizando tanto a abóbada celeste, quanto a construção da perfeição.
O esquadro, por sua vez, posicionado na base da imagem, representa as bases do trabalho dos arquitetos, oferecendo o suporte necessário para a construção.
A união do esquadro e do compasso remete à cosmogonia, aos mistérios existentes entre o que é mundano e o que é celeste.
A letra G no centro da figura faz referência à geometria.
O curso de Arquitetura e Urbanismo
Competências adquiridas no curso
De acordo com as diretrizes do Ministério da Educação o curso de Arquitetura e Urbanismo deve formar profissionais com as seguintes competências:
1) Conhecimento antropológico, sociológico e econômico que permita compreender as necessidades e desejos coletivos quanto a um ambiente construído.
2) Preservação da paisagem e avaliação dos impactos ambientais, visando sempre o equilíbrio ecológico e desenvolvimento sustentável
3) Habilidades necessárias para conceber e executar projetos arquitetônicos
4) Conhecer a história das artes e estética e entender como elas influenciam a qualidade dos projetos criados
5) Reflexão crítica e pesquisa quanto à teoria e história da arquitetura e urbanismo, sendo capaz de aplicar esse senso crítico aos projetos desenvolvidos
6) Domínio de técnicas de planejamento urbano, bem como a compreensão da infraestrutura e trânsito necessários para a concepção dos estudos
7) Conhecimentos necessários para emprego adequado e econômico dos materiais e equipamentos a serem utilizados
8) Conhecimento dos sistemas estruturais fundamentado pelo estudo de resistência dos materiais, estabilidade das construções e fundações
9) Compreensão das condições climáticas, acústicas, lumínicas, energéticas e técnicas associadas
10) Entendimento das práticas e técnicas de preservação, conservação, restauração, reconstrução, reabilitação e reutilização de edificações, conjuntos e cidades
11) Habilidades de desenho, com domínio da geometria e suas aplicações, além de perspectiva, modelagem, maquetes, modelos e imagens virtuais
12) Conhecimento das tecnologias e softwares aplicados à arquitetura
13) Habilidade na elaboração, execução e interpretação de levantamentos topográficos.
Conteúdos do curso
O curso de Arquitetura e Urbanismo deve abordar em sua grade de disciplinas temas dos seguintes núcleos
1) Núcleo de conhecimentos de fundamentação
a. Estética
b. História das artes
c. Estudos sociais e econêmicos
d. Estudos ambientais
e. Desenho e meios de representação e expressão
2) Núcleo de conhecimentos profissionais
a. Teoria e história da arquitetura, do urbanismo e do paisagismo
b. Projeto de arquitetura, de urbanismo e de paisagismo
c. Planejamento urbano e regional
d. Tecnologia da construção
e. Sistemas estruturais
f. Conforto ambiental
g. Técnicas retrospectivas
h. Informática aplicada à arquitetura e urbanismo
i. Topografia
Melhores instituições em 2019
1º USP
2º UFMG
3º UFRJ
4º UFRGS
5º UNB
Qual é a nota para entrar em um curso de Arquitetura e Urbanismo?
Na primeira edição do SISU 2020, a região que mais disponibilizou vagas para o curso foi a sudeste. com 517 vagas, concentrando também o maior número de candidatos entre as cinco regiões do país (17.663). A região norte, por outro lado ofertou a menor quantidade de vagas, com apenas 92 vagas, que foram disputadas por 1731 candidatos.

Confira no gráfico abaixo as notas de corte em cada região

O que arquitetos e arquitetas têm a dizer sobre a arquitetura?
Larissa Murta – Allure Arquitetura

Larissa sempre teve um viés artístico, desde criança. Quando pequena desenhava roupas para as bonecas e para ela mesma, adorava decoração e pintura. E isso foi decisório na hora de escolher a carreira. Ela até pensou em seguir para o Design, mas preferiu a arquitetura por ser uma área mais ampla.
Mesmo sabendo que a Arquitetura é uma área ampla, ela não esperava que o curso demandaria tanto dela. Ela já sabia que teria que estudar cálculo, física e estrutura. Mas não achou que a carga-horária exigiria tanto dos estudantes.
Apesar da grande demanda, com muita dedicação, foco e noites viradas, Larissa conseguiu se formar em 4 anos e meio, economizando um semestre. A pressa pelo diploma era um desejo de exercer logo a profissão na construtora onde estagiava.
Atualmente, sua rotina é bem puxada. Ela continua trabalhando na construtora e tem o próprio escritório, onde é sócia da Thalita Ramos. Seu principal campo de atuação, tanto na construtora, quanto na Allure, é a arquitetura de alto padrão residencial.
A jornada dupla faz com que ela trabalhe até tarde da noite na maioria dos dias. Mas a motivação em seguir na área que ama faz com que ela nem sofra tanto por abrir mão de outras coisas.
Além do amor pela profissão, Larissa é muito motivada pelo crescimento e visibilidade que a arquitetura tem recebido nos últimos tempos. Na opinião dela, o aumento de visibilidade nas mídias sociais, como Casa Vogue, CasaCor e até mesmo o próprio Instagram, ajudaram muito a despertar o interesse da população para esse tipo de serviço.
Segundo ela, o momento de crise econômica atual também ajudou no destaque da área, já que muitas pessoas têm investido em imóveis para não arriscar deixar dinheiro no banco e na bolsa. Como os projetos de arquitetura agregam muito valor aos imóveis, eles acabam sendo muito procurados por esses investidores.
Jimmy Lima

Jimmy sempre gostou de desenhar, organizar e mudar as coisas de lugar. Então nada mais natural que escolher a Arquitetura. Na faculdade, foi necessário muito estudo, noites viradas e trabalhos em grupo.
E o esforço foi recompensado. Ele disse que “tenho um prazer imenso em materializar o sonho dos clientes. Ver tomar forma o que foi idealizado por mim, é muito satisfatório.”
A rotina dele é consumir conteúdos de Arquitetura, pelas redes sociais ou outros meios, além de estudar e praticar os softwares que ele mais usa em seu dia-a-dia. Segundo ele, os mais importantes são SketchUp, para modelagem 3D; VRay, para a renderização dos modelos 3D; Photoshop, para pós-produção e colagens; e Layout para produção de plantas técnicas.
Mesmo amando o que faz, Jimmy sente que a arquitetura ainda é muito desvalorizada, já que muitos acham que o trabalho do arquiteto é “só um desenhinho”. Mas ele acredita que o serviço tem muito mais a oferecer às pessoas, como qualidade de vida, acessibilidade e integração.
Juliana Gomeso

Juliana percebeu, ainda na faculdade, que a acessibilidade ainda é muito negligenciada em projetos arquitetônicos no geral. Por isso, ela se formou e foi para Barcelona se especializar em acessibilidade, atualmente ela está em Londres, continuando sua capacitação na área.
A rotina de trabalho da especialista em acessibilidade consiste em prestar consultorias para arquitetos brasileiros, com o objetivo de tornar os projetos arquitetônicos “realmente acessíveis para todas as pessoas”.
A principal motivação de Juliana é seu objetivo de produzir uma mudança de paradigma, que seja capaz de mudar a forma como a acessibilidade é projetada na arquitetura. Seu trabalho gira em torno da premissa de que “A inclusão de todas as pessoas em todos os lugares já começa no espaço que construímos. E quando eu mostro isso para os profissionais e eles passam a ‘enxergar’ a acessibilidade com outros olhos. Sei que a semente já foi plantada e que em futuros projetos ele já vai ter um olhar diferente”.
Para ela, a discussão sobre a acessibilidade é muito mais presente no exterior do que no Brasil. Original de Manaus, ela acha que lá a profissão gira majoritariamente ao redor do design de interiores. Ela espera trazer essa preocupação com o ser humano para o Brasil, para que a preocupação não seja apenas estética.
Ana Clara Azzi – Ana Clara Azzi Arquitetura
Ana Clara sempre soube que gostava e queria fazer arquitetura, mas como não conhecia ninguém da área, ela tinha receio de não ter futuro. Mesmo assim, ela escolheu pelo coração, o que a deixaria feliz e enfrentou o medo.
Ela conta que antes de entrar na faculdade, não fazia ideia de que cada universidade focava em um tema. Mas ela deu sorte, pois o foco cultural e na percepção das pessoas sobre a arquitetura, foco do curso que escolheu, serviu como uma luva para ela.
A arquiteta pontua que o curso exige muita dedicação. Segundo ela, “Quem entra achando que é só desenhar tá lascado”. Foram muitas noites viradas para entregar projetos. E a dedicação não acaba quando o diploma chega, o mercado de trabalho também não é fácil.
Atualmente ela trabalha em um escritório fixo, que é sua principal fonte de renda. Mas ela trabalha para o crescimento do próprio escritório também, com o objetivo de, no futuro, trabalhar apenas para ele e conseguir cada vez mais clientes.
Ana Clara faz projetos diversos, como interior, arquitetônico e comercial. E o que mais a motiva a seguir nessa área é o amor pelo que faz, além da possibilidade de poder proporcionar um ambiente melhor e planejado para as pessoas.
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